Por meio das histórias inspiradoras de Isabella e Karla, vemos os desafios e as conquistas que marcam a trajetória de mulheres nesse setor, além de refletir sobre a importância da representatividade e do papel da Amazon nesta transformação.
Isabella Gomes: "Graças ao incentivo, cheguei além de onde achei que chegaria"
“Entrei na área de tecnologia quase por acaso, por referência do meu irmão, que fazia manutenção de computadores. Eu não tinha ideia do que era, estava no Ensino Médio, e comecei a olhar para o mercado de trabalho.
Por influência da minha mãe, fui fazer um curso técnico e escolhi tecnologia. Achei que ia aprender Pacote Office, mas minha primeira aula foi de Lógica. Cursava na Federal de Cubatão, onde era muito comum quem fazia o Ensino Médio fazer o técnico, mas eu não estudava lá. Fiquei perdida no conteúdo e nas amizades - não estava enturmada. Inicialmente estava desconfortável. Cogitei desistir. Mas minha mãe, que sempre me incentivou, disse que eu deveria continuar. Depois de um tempo, senti que pertencia. Então, também fiz SENAI e segui na área, cursando Processamento de Dados na FATEC como graduação.
No meu primeiro estágio, comecei a atuar na área de desenvolvimento de software. Tinha conhecimento acadêmico, tinha projetos dos cursos, mas quando fui trabalhar eu fiquei impressionada que alguém estava me pagando pra fazer aquilo, porque gostava muito do que fazia! Depois, fui programar, e fiz um MBA em Gestão de Projetos na FGV. Nesse momento, saí de Santos, onde cresci, e vim para São Paulo expandir meus horizontes. Pouco depois, já trabalhava em um dos maiores bancos do Brasil.
Em 2017, com as empresas olhando para o Vale do Silício, pensando em se modernizar, passei a consumir muito sobre inovação, ler sobre tecnologia disruptivas, Inteligência Artificial (IA). Achei muito bacana! Então, fiz um plano de estudo e fiquei 6 meses no Vale do Silício, fazendo cursos de curta duração em Stanford e na UCSC Silicon Valley Extension. Foi um divisor de águas na minha carreira e na minha vida!
De volta ao Brasil, ainda em 2017, decidi fazer mestrado, na USP, sobre IA. Acho incrível, olhando para trás, como este um dos poucos caminhos para se ter acesso ao conhecimento sobre o tema. Hoje, a própria AWS já fomenta essa inteligência por meio de cursos livres para todos os públicos.
Um pouco depois, descobri que gestão de pessoas era uma vocação! Mas, após quase 11 anos trabalhando no banco, senti que precisava conhecer outras culturas, e fui aprovada na Amazon. Este foi outro divisor de águas.
Estou na Amazon como Software Development Manager há quase 3 anos e a régua aqui é muito alta, de uma qualidade técnica fantástica, uma cultura muito diferente! Não poderia estar mais feliz.
Sempre fui, enquanto mulher, minoria em minhas equipes. Comparando com quando comecei, hoje a representatividade é maior, claro, mas ainda é muito comum entrar numa reunião e ser a única mulher. Ou seja, temos um espaço a percorrer. Por isso, justamente, já fiz trabalho voluntário para mentorar mulheres dentro de comunidades, enquanto ainda estão no começo de carreira.
Mas é inegável que estamos caminhando e grande parte disso é pelo fato de que falamos sobre o tema. Na Amazon, essa discussão é constante, outro ponto que me causa muito orgulho em trabalhar aqui.
Hoje, sou mãe e estou grávida de uma menina. Então, espero ser uma referência boa para ela nesse sentido. Afinal, minha mãe fez isso por mim: se eu imaginasse onde iria chegar, não seria nem próximo de onde estou hoje. O que fez diferença foi ter esse incentivo.
Cheguei além de onde achei que chegaria. Nunca imaginei que faria as coisas que eu fiz. Tenho muito orgulho de tudo, inclusive de ter entrado na Amazon!
Antes de dar qualquer conselho, preciso dizer que, ao longo da minha carreira, tive muita sorte de escutar o que precisava ter escutado. O que me disseram e que era importante: tenha incentivos. Ter escutado pessoas me dizendo que eu conseguiria, para eu não desistir, para ir em frente, que ia ser bom pra mim. Gostaria que todas as mulheres escutassem isso. Isso faz muita diferença entre continuar e desistir".
Karla Azambuja: “Desenvolvimento do conhecimento”
“Nasci e cresci em Belo Horizonte, onde me formei engenheira de automação pela UFMG. Assim que concluí, fui para a área de educação, dando aula de robótica e empreendedorismo para crianças e adolescentes nas escolas, assim como para professores. Além disso, fazia projetos para fora. Fazia isso por meio de uma empresa própria – e sabemos como empreender no Brasil é difícil. Então, quando fui convidada a fazer processo seletivo em uma das maiores construtoras da América Latina, com projetos de engenharia civil e automação, achei que compensaria. Lá, passei a trabalhar com automação nos empreendimentos. Mas o projeto foi deixado de lado e fui convidada a ir para a área de software. Era tudo muito dinâmico e enquanto liderava a equipe, passei a conhecer a área.
Nesse momento, tive meu primeiro contato com gerenciamento de equipe de software, tornando-me squad leader durante a migração de sistema para controle de pessoas. Depois disso, fui para uma consultoria de software, trabalhar num projeto internacional que envolvia construir uma plataforma digital pra uma empresa. Meu time tinha interface internacional, espalhado pelo mundo inteiro.
Mas ainda queria mais. Por isso, me inscrevi no processo seletivo da Amazon e passei! Quando entrei, em 2022, o principal desafio foi migrar da parte de Product Manager para a parte técnica. E a Amazon tem muitos sistemas, o que muitas vezes te demanda um alinhamento com 3 ou 4 áreas diferentes a cada projeto. Estudei muito para entender a complexidade do negócio.
Meu objetivo de trabalho é atender a área de transportes, como a Amazon Logistics, de modo a conseguir crescer a malha de entrega no Brasil e em conformidade. Os primeiros projetos eram de expansão, para conseguir entregar mais rápido para nossos clientes. Hoje, enquanto Technical Program Manager (TPM), trabalho para otimizar esse processo.
Uma das coisas que mais gosto de trabalhar na Amazon, e como TPM, é que eu sinto que estou fazendo um trabalho de desenvolvimento do conhecimento. Não é algo mecanizado. A gente tem que pensar muito pra chegar numa solução, quase como resolver um problema matemático. Antes me perguntava sobre onde eu iria usar todas as equações que aprendi na faculdade, hoje uso esse raciocínio lógico no dia a dia”.
Tem interesse em fazer parte do time de tecnologia da Amazon Brasil? Fique de olho nas oportunidades no Amazon.jobs.