Todo mês de junho, as comunidades LGBTQIAPN+ do mundo inteiro se unem para celebrar, comemorar e refletir sobre a luta pela liberdade. No mês do Orgulho LGBTQIAPN+, homenageamos e potencializamos as vozes dessas comunidades por meio do Pride Out Loud, que traz recomendações para os clientes encontrarem e se conectarem com criadores LGBTQIAPN+ em toda a Amazon.
Para contribuir com a expressão visual do Pride Out Loud, fizemos uma parceria com Carmela Caldart (ela/dela), ilustradora e animadora brasileira que mora em Barcelona. Conversamos com Caldart para aprender sobre seu trabalho e saber o significado do evento para ela. Leia mais para descobrir sobre sua inspiração e seus conselhos para outros criadores.
O mundo precisa mais de nossas histórias, nossa arte, nossas vozes e nossas experiências. Você é importante, você faz a diferença, e a mensagem que você quer comunicar ao mundo vale muito.
O que a cultura LGBTQIAPN+ significa para você?
Para mim, a cultura LGBTQIAPN+ tem a ver com liberdade: a liberdade de ser quem a gente é e de viver a nossa vida de forma autêntica e plena. A cultura LGBTQIAPN+ tem a ver com aceitação, compreensão, união, apoio, compaixão, curiosidade e força. Sua essência é promover e capacitar as pessoas da nossa comunidade e criar um mundo mais seguro e receptivo para as próximas gerações. Ela também é uma cultura de alegria e resistência, de celebração e protesto, de libertação e contestação. Nossa comunidade sempre teve que lutar por direitos, por visibilidade e por mudanças, então a cultura LGBTQIAPN+ também é de perseverança e amor.
Qual é o significado do 'Pride Out Loud' para você?
Acho que cada pessoa tem sua maneira de expressar Pride Out Loud, e todas essas formas são válidas e bonitas. Para mim, a questão é ser sincera comigo mesma e com as outras pessoas. É uma celebração interior de calma, conforto e confiança em quem eu sou. Acima de tudo, a essência do Pride Out Loud é a alegria. A ideia é celebrar quem somos, celebrar nossa comunidade e nossa história sem esquecer o trabalho feito pelas gerações anteriores, justamente o que possibilita comemorarmos tão abertamente hoje em dia. É sobre fazermos nossa parte para que as próximas gerações possam comemorar com ainda mais liberdade e plenitude.
Qual é uma área na qual você está animada para ver a comunidade LGBTQIAPN+ fomentando a cultura e o progresso?
Estou empolgada com o aumento da representatividade LGBTQIAPN+ na mídia, da TV aos livros e à música. Acho muito importante que as pessoas consigam ver versões de si mesmas na grande mídia, e é legal e inspirador ver cada vez mais personagens e criadores LGBTQIAPN+ por aí. Também estou bem animada com as gerações mais jovens e as pessoas LGBTQIAPN+ mais novas, que estão crescendo com mais visibilidade, liberdade e acesso às informações em comparação com as gerações anteriores. Elas me inspiram por sua confiança e seu envolvimento e comprometimento para com um mundo mais igualitário e justo.
Que conselho você daria a outras pessoas e criadores LGBTQIAPN+ aspirantes?
Acho importante saber que há espaço para todos, então meu conselho é seguir em frente e continuar se empenhando para alcançar seus sonhos. O mundo precisa mais de nossas histórias, nossa arte, nossas vozes e nossas experiências. Você é importante, você faz a diferença, e a mensagem que você quer comunicar ao mundo vale muito. Às vezes, acho que é fácil sentirmos que não "bastamos", e eu gostaria que todo mundo, principalmente as pessoas LGBTQIAPN+, soubessem que elas bastam, sim, não importa em que parte do seu processo estejam. Você tem legitimidade, você é o bastante, e o mundo precisa da sua história.
O que você diria a alguém que acha difícil ser quem é de forma autêntica?
Acho que descobrir sua autenticidade é um processo, e tudo bem respeitar e aceitar sua própria jornada. Tudo bem não saber quem você é e dedicar tempo e espaço para descobrir isso ao longo da vida. Tudo bem não saber tudo sobre si mesmo e patinar um pouco. Mas quando chegar a hora, seja quem você for ou como for seu processo de descobrimento, tudo isso será válido. Acho que também vivemos em uma cultura que nos pressiona para sabermos tudo sobre nós mesmos o tempo todo, o que pode ser complicado quando somos jovens e estamos tentando descobrir quem somos. Eu diria que "tudo bem". Seja em qual parte do seu processo você estiver, está tudo bem.