A sustentabilidade se tornou uma questão de nível de diretoria. Um estudo conduzido pela Global Reporting Initiative (GRI) com quase 400 membros do conselho na Colômbia, Perú, Argentina, México e Chile, revela que apenas 22% dos entrevistados consideram a sustentabilidade como uma “abordagem de negócios que busca gerar valor a longo prazo” tanto para a empresa quanto para suas partes interessadas.
Os CIOs estão procurando opções para reduzir a pegada de carbono de seu parque tecnológico, e usar a tecnologia para reduzir o carbono em toda a empresa pode causar um grande impacto. Os gerentes de sustentabilidade podem não estar cientes da capacidade da TI de acelerar o alcance dos objetivos corporativos de sustentabilidade.
Globalmente, enfrentamos climas rigorosos todos os dias, do frio extremo às ondas de calor que danificam permanentemente os ecossistemas, a flora, a fauna e as pessoas. Torna-se imperativo seguir as diretrizes do Fórum Econômico Mundial para alcançar o “zero líquido”. Essa iniciativa busca o compromisso de líderes e empresas globais de reduzir pela metade as emissões de gás carbônico (CO2) até 2030 e, até 2050, alcançar um equilíbrio entre o que é emitido e o que é reduzido em nosso meio ambiente, atingindo assim o zero líquido.
Mais de 400 empresas e instituições assinaram um acordo para atingir zero emissões líquidas de CO2 até 2040, 10 anos antes do declarado pelo Fórum Econômico Mundial. Dessa forma, buscamos usar tecnologias e soluções sustentáveis para nossos clientes em todo o mundo.
A América Latina não está isenta do compromisso de reduzir as mudanças climáticas. De acordo com um relatório do Banco Mundial, desastres relacionados ao clima, como furacões, secas, incêndios e inundações, estão se tornando mais frequentes e intensos na região, causando enormes perdas econômicas que chegam a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) regional e até 2% em alguns países da América Central.
A região é responsável por 8% das emissões globais de gases de efeito estufa. Esse número é alarmante, já que o nível médio global é de 19%. Energia, consumo de eletricidade e transporte são responsáveis por outros 43% das emissões. Por esse motivo, é necessário buscar usar a tecnologia como aliada para um futuro mais sustentável e verde.
Uma das maneiras pelas quais as emissões de CO2 podem ser reduzidas é melhorando a eficiência de seus sistemas e ajustando o tamanho de sua arquitetura de TI.
É necessário que as empresas avaliem o equilíbrio entre seus objetivos de negócios e a melhoria de seu design. Uma forma de melhorar a eficiência de suas tecnologias é fazer as seguintes perguntas: Quantos dados você precisa armazenar e por quanto tempo? Você precisa de acesso imediato aos dados ou precisa arquivar dados para acesso ocasional? E quanto à latência e aos tempos de resposta? Você precisa de latência de milissegundos para cada caso de uso? Até mesmo a escolha da linguagem de programação tem um impacto na utilização de recursos.
Se sua empresa está pensando em migrar seus data centers para a nuvem, as emissões de CO2, o uso de água e as necessidades de eletricidade devem ser considerados ao tomar decisões para a sustentabilidade. Um estudo da 451 Research descobriu que a infraestrutura da AWS é 3,6 vezes mais eficiente em termos de energia do que a mediana dos datacenters corporativos dos EUA pesquisados e até cinco vezes mais eficiente em termos de energia do que os datacenters corporativos europeus. Empresas e instituições estão percebendo que reduzir sua pegada de carbono tem um grande impacto na economia de custos. À medida que se tornam mais eficientes em termos de energia, consomem menos eletricidade e geram economias que podem ser usadas para aprimoramento tecnológico.
Outras tecnologias, como o aprendizado de máquina, permitem que as empresas melhorem suas operações. Dessa forma, processos ineficientes são eliminados, oportunidades ocultas são encontradas e sistemas eficientes são implementados. Por exemplo, existem estruturas que permitem às empresas unir rapidamente uma solução para ingerir dados de várias fontes para automatizar o rastreamento da pegada de carbono e relatar esses dados em formatos padrão que podem ser incluídos nos relatórios de sustentabilidade corporativa.
É verdade que a sustentabilidade não tem sido um foco tradicional de negócios ou empresas de tecnologia, mas está se tornando um importante fator impulsionador e de tomada de decisão. Graças a essa análise, dois objetivos importantes são alcançados: ajudar o mundo e todos nós que vivemos nele e, ao mesmo tempo, alcançar melhorias nos negócios.