Cidades do Brasil e da América Latina farão parte de um projeto importante no combate à emissão de gases poluentes: a Laneshift. A iniciativa, que inclui também a Índia, foi lançada pelo The Climate Pledge, compromisso de empresas para atingir zero emissões de carbono até 2040, e pelo C40 Cities, grupo das principais cidades do mundo empenhadas em limitar o aquecimento global a 1.5˚C.

Cofundado pela Amazon e pela Global Optimism, The Climate Pledge direcionou US$ 10 milhões ao C40 Cities para dar início à Laneshift.

Transporte rodoviário e emissões atmosféricas

Segundo pesquisa de 2022 da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, o setor de transportes, responsável por 47% das emissões de dióxido de carbono (CO2) no Brasil, é um dos maiores produtores de gases de efeito estufa no país, devido ao número elevado de veículos rodoviários nas estradas brasileiras. O estudo calcula também que ações como a melhoria da eficiência energética do transporte rodoviário, aliada ao uso de opções mais sustentáveis, podem reduzir as emissões de CO2 em 32% até 2050, além de baixar também os custos em 28% durante o mesmo período.

Diante disso, a Laneshift foi projetada para ajudar a impulsionar essa mudança e acelerar o desenvolvimento e a implantação de veículos elétricos por meio de parcerias com alguns municípios. O projeto visa substituir os veículos de carga rodoviários das empresas signatárias do compromisso por alternativas elétricas, além de incluir melhorias na infraestrutura de rotas em cidades da América Latina e da Índia.

No Brasil, a Laneshift vai focar no desenvolvimento da infraestrutura necessária para veículos elétricos, além de acelerar sua implantação em Curitiba, no Paraná, e no Rio de Janeiro. Grandes cidades de países latino-americanos como Colômbia, Equador e México também se beneficiarão com as iniciativas do projeto.

“Cidades da América Latina e da Índia oferecem excelentes oportunidades para liderar o caminho para a eletrificação de caminhões. A colaboração nessas regiões é fundamental para acelerar a transição para um ambiente mais limpo e sustentável, e a Laneshift fornece uma plataforma para reunir todos os parceiros rumo a um rápido avanço do projeto “, afirma Kara Hurst, vice-presidente e chefe de Sustentabilidade Mundial da Amazon.

O relatório anual descreve como estamos construindo uma empresa mais sustentável para nossos clientes, nosso pessoal - e, principalmente, para o planeta.

Caminho para reduzir a emissão de CO²

Só em 2020, o sistema rodoviário de entregas emitiu mais de 2,2 bilhões de toneladas métricas de CO² – duas vezes mais do que os setores aéreo, marítimo e ferroviário juntos. Estudos indicam que o transporte de cargas urbano deverá crescer 140% até 2030 na Índia. Já nos países da América Latina, espera-se que o frete rodoviário duplique até 2025. Com a Laneshift, será possível começar a reduzir e evitar as emissões de gases do efeito de estufa, contribuindo também para limpar o ar poluído que afeta comunidades vulneráveis nestes locais.

A Laneshift criará ainda um mapeamento sobre como a indústria de transporte de mercadorias e as cidades do projeto podem trabalhar em conjunto para acelerar a transição para veículos elétricos e colaborar com os setores de transporte e logística. E como reforço, a Laneshift pedirá aos signatários do The Climate Pledge e a uma variedade de outras empresas, investidores e fabricantes, que se juntem à iniciativa. Para a Amazon, o projeto é de suma importância e complementa suas ações de ESG nestes países.

Parceria para descarbonizar o transporte rodoviário

Em Paraisópolis, segunda maior comunidade de São Paulo, nossos pacotes chegam rapidamente a seus destinos por meio de uma rede logística, que conta com entregas feitas por pessoas que moram na região.

"O transporte rodoviário é uma grande prioridade para a descarbonização, já que é um setor que apresenta dificuldades quando o assunto é sustentabilidade. A Laneshift reunirá cidades e empresas que estão na vanguarda da ação climática, por meio de uma parceria única entre o C40 e The Climate Pledge", afirma Tom Rivett-Carnac, sócio fundador da Global Optimism.

A jornada de descarbonização da Amazon

A Amazon segue descarbonizando sua rede própria de transportes e eletrificando sua frota em todo o mundo. No Brasil, ao lado da To Do Green, a empresa já realiza entregas com veículos elétricos em 7 cidades do estado de São Paulo: Sorocaba, Votorantim, Taubaté, Mogi das Cruzes, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto.

Além disso, atualmente, 5 dos centros de distribuição da Amazon no Brasil já são abastecidos com fontes 100% renováveis. Por fim, a Amazon também está investindo na Aceleradora de Agrofloresta e Restauração, uma nova iniciativa de remoção de carbono baseada na natureza. O objetivo da Aceleradora é recuperar áreas degradadas para melhorar a qualidade de vida das comunidades locais ao mesmo tempo em que remove carbono da atmosfera.