Talita Bruzzi Taliberti lidera o negócio de Alexa no Brasil. Antes disso, já liderou KDP (Kindle Direct Publishing) e foi responsável pelo lançamento do programa Prime. Ou seja, muitos produtos queridinhos de clientes têm trabalho de Taliberti.

Em evento que homenageou o mês das mulheres, celebramos a trajetória de diversas profissionais que fazem parte da Amazon. Entre elas, Spinardi, que faz da tecnologia um meio de transformação do dia a dia de tantos brasileiros e brasileiras.

“Minha equipe é responsável por planejar e gerir as jornadas de adoção de nuvem dos nossos clientes no Brasil. Neste papel, acompanho de perto a tecnologia como agente de transformação do nosso modo de vida. Por exemplo, você se lembra como era a vida antes do PIX? Sabia que a tecnologia de nuvem da AWS viabilizou a escalabilidade do PIX para clientes como Itaú e NuBank?”

A genAI amplifica esta transformação exponencialmente – e não só para o setor financeiro. A Pfizer, por exemplo, desenvolveu e aprovou a vacina da Covid em 269 dias, usando tecnologia da AWS, algo que usualmente levaria de 8 a 10 anos. Com a genAI, a expectativa é acelerar o desenvolvimento de medicamentos para tratamento do câncer na mesma proporção. Ou seja, o potencial econômico da IA generativa é gigante. E um dos aspectos que discuto no livro O Uso da Inteligência Artificial e a Inclusão Digital nos Serviços Públicos, do qual sou autora, é que, para realizarmos este potencial, existem pelo menos 3 fatores-chave:

  1. Os dados,
  2. A infraestrutura de tecnologia, e
  3. O capital humano, a que mais requer atenção hoje.

No ano passado participei de discussões com o Ministério do Trabalho, no contexto do G20, no qual o tema era uma transição justa da força de trabalho, abraçando a diversidade, inclusão e a equidade. Afinal, além de ser o certo a fazer do ponto de vista das pessoas, é também uma necessidade econômica. Se não ativarmos todas as camadas da população, dificilmente teremos talento humano suficiente para realizar o potencial da inteligência artificial (IA). E ainda ampliaremos as inequalidades e seremos ineficientes no combate aos vieses algorítmicos.

Ainda sobre viés, ao longo dos meus quase 30 anos de carreira, ressalto os avanços em relação ao viés de gênero no meu setor. Por exemplo, eu não pude prestar Engenharia Aeronáutica na minha cidade, porque na época a faculdade não aceitava mulheres. Hoje tenho pares aqui na AWS que fizeram este curso. Nós chegamos no mesmo destino, mas eu precisei sobrepor um obstáculo que eles não precisaram. Depois por 20 anos eu fui a única nos times e posições que ocupei. Mas desde que vim para AWS, há 7 anos, me dediquei a construir times com paridade de gênero. Encontrei aqui a cultura e a autonomia para fazer isto acontecer. Tenho muito orgulho das equipes diversas que construí. Num outro exemplo, o livro do qual sou autora foi escrito em colaboração com outras 29 mulheres, que são especialistas em diversas áreas do conhecimento. Estamos cada vez mais presentes e ativas nas discussões de relevância global, quer seja em áreas técnicas, de negócio, de serviços públicos. Ainda há muito o que fazer, mas até aqui o balanço é positivo. Avançamos.

Neste cenário, mentoria é importante, sem dúvida, para o desenvolvimento de qualquer profissional. Eu tenho mentores (mais de um) e incentivo minha equipe a buscar mentorias. Entretanto, esta é a parte fácil. A sociedade já não oferece resistência em colocar a mulher na posição de aprendiz. Na minha opinião, a figura do sponsor é mais importante no contexto de diversidade. Toda vez que um executivo vem me dizer que é um aliado da causa eu pergunto: mas e aí? Pra quantas/quais mulheres você empresta sua reputação pra ajudá-las a avançar na carreira? Este é um ponto em que ainda temos espaço para melhorar.

No turbilhão de reflexões que inundam o LinkedIn e o Instagram neste Mês da Mulher, muitas discussões se voltam para os avanços conquistados e os desafios que ainda persistem na luta por equidade de gênero. Apesar de avanços significativos, um estudo do Fórum Econômico Mundial (FEM) aponta que levaremos 131 anos para alcançar a igualdade real entre homens e mulheres. O que torna essa previsão ainda mais alarmante é que eventos recentes indicam possíveis retrocessos, reforçando a necessidade de mantermos debates abertos e ações concretas, tanto no âmbito público quanto no privado.

Mas, além do recorte de gênero, a AWS teve e ainda tem papel de educar o mercado brasileiro. Chegamos muito cedo e, no início, tivemos que ensinar às empresas e governo o que era a nuvem. Investimos em educação, cultura, formação de mercado. No Brasil, a AWS foi essencial para a transformação digital das empresas, governos e instituições nesses 13 anos.

Ajudamos empresas a posicionar o Brasil como um país que impulsiona a inovação e o crescimento econômico através da transformação digital. Por exemplo, o NuBank é uma empresa que recebeu nosso apoio na forma de créditos e mentoria na nuvem desde a criação da empresa. Hoje presente em vários países, continua sendo um dos nossos principais clientes.

Outro exemplo é o iFood, que transformou todo um ecossistema que conecta consumidores, entregadores, restaurantes e varejistas. Em 2022, impactou 0.55% do PIB brasileiro.

E, claro, nos preocupamos também com Sustentabilidade. Desde as técnicas que usamos para resfriar nossos data centers, até os designs inovadores de servidores, a eficiência energética é um objetivo fundamental de todas as partes de nossa infraestrutura global. Um estudo da Accenture descobriu que a AWS é até 4,1 vezes mais eficiente em termos de energia do que data centers on-premises. Execução de cargas de trabalho na AWS podem reduzir a pegada de carbono em até 99%”.