Próximo da extremidade esquerda da área onde fica o Amazon MGM Studios, em Culver City, Califórnia, existe uma porta que o transportará imediatamente para qualquer lugar do universo – seja uma arena ensolarada com mais de 80 mil romanos animados, um crepúsculo gelado de uma floresta tranquila, ou qualquer outro mundo fantástico dos confins da imaginação.
O portal — alto o suficiente para uma girafa e largo o suficiente para dois elefantes atravessarem com facilidade — leva ao Stage 15, um espaço de produção de mais de 3 mil metros quadrados que, por meio do poder da AWS, está traçando o futuro da produção cinematográfica e televisiva.
“Vimos muitas eras em nosso setor — a Era Silenciosa, a Era Dourada, o Novo Milênio”, relembra Gretchen Libby, diretora de computação visual da AWS. “E agora, com o poder da nuvem e os avanços na IA, estamos na Era das Possibilidades Infinitas.”
Libby e Katrina King, líder de estratégia global da AWS para produção de conteúdo, descreveram as principais tendências que a AWS está vendo em mídia e entretenimento atualmente, incluindo os muitos usos da IA (Inteligência Artifical) generativa, o surgimento de maiores opções de personalização para os espectadores e um aumento na produção de conteúdo ao vivo na nuvem.
Mais sobre esses tópicos abaixo, mas antes façamos um tour exclusivo por essa instalação revolucionária e que define o setor, que já recebeu produções como A Batalha de Natal, The Real Housewives of Orange County, sessões promocionais de Thursday Night Football, da NFL, e, mais recentemente, o longa-metragem Mercy, da Amazon MGM, estrelado por Chris Pratt e Rebecca Ferguson.
Originalmente construído em 1940, o Stage 15 possui amplo valor histórico em Hollywood, já que foi palco de produções tão variadas quanto clássicas, desde A Felicidade Não Se Compra, de Frank Capra, RoboCop, de 1987, até as séries de TV Batman e Star Trek. Mas, a partir de 2020, o espaço passou por uma transformação dramática para chegar com ousadia aonde poucos estúdios haviam ido antes: reabrindo em 2022 como um megaestágio de produção virtual, equipado com recursos que fazem com que o deck de comando da Starship Enterprise pareça estranho em comparação.
Abaixo do teto com pé-direito de mais de 14 metros do Stage 15, uma parede volumosa em forma de tambor se estende por 24 metros de diâmetro e 8 metros de altura, criando um espaço interativo de quase 40 metros cúbicos. Composta por 3 mil painéis de LED e 100 câmeras de captura de movimento, operadas pelo departamento de Produção Virtual (ASVP) da Amazon MGM Studios, a parede de volume permite que a iluminação e os cenários sejam alterados rapidamente, reduzindo a necessidade de reconstruir palcos e facilitando a filmagem de produções com luz contínua – ou alterando-a para uma hora diferente do dia, clima ou outros fatores, conforme exigido pelo roteiro.
“Como chefe global de efeitos visuais da Amazon MGM Studios, há um desejo constante de inovar e aproveitar as lições de produção anteriores para resolver desafios com novas soluções”, afirma Chris Del Conte, chefe global de efeitos visuais e produção virtual da Amazon MGM Studios. “Com a Amazon sendo um estúdio de cinema de propriedade de uma empresa de tecnologia, temos uma perspectiva única sobre a utilização e inovação tecnológica.”
Como os cenários são gerados usando a tecnologia chamada Unreal Engine, a parede de volume é interativa e pode ser controlada e manipulada mesmo enquanto os artistas trabalham. O artista em frente às câmeras pode atuar, interagir e reagir em tempo real em um cenário tridimensional.
“As telas verdes e azuis já foram revolucionárias, mas com paredes de volume de LED como esta aqui no Stage 15, alimentadas pela AWS, os atores não estão mais confinados a telas vazias”, detalha Libby. “Eles podem estar imersos em ambientes virtuais que respondem às suas ações em tempo real e ajudam a criar mundos totalmente novos.”
Cada imagem captada no Stage 15 é enviada em tempo real para o sistema de armazenamento Amazon S3 (Amazon Simple Storage Service) como parte de um fluxo de trabalho inédito câmera-para-a-nuvem, desenvolvido em parceria e desenvolvido pela AWS. À medida que as cenas são capturadas, elas podem ser distribuídas com segurança em todo o mundo, permitindo que programas diários estejam instantaneamente disponíveis para equipes de criação de qualquer local, reduzindo o tempo gasto na transferência de arquivos para vários parceiros e equipes de edição, de efeitos visuais e de pós-produção.
“Hoje, devido ao poder de computação, velocidade, confiabilidade e inovação que a nuvem permite, os estúdios podem contratar artistas de todo o mundo em busca de talentos únicos e manter as produções dentro do prazo”, diz Libby. “A tecnologia sempre fez parte desse setor, que não apenas abraça a tecnologia, mas a impulsiona.”
Se antes era comum esperar dezenas de horas – ou até mesmo dias – para que os arquivos fossem renderizados para que pudessem ver até mesmo pequenas mudanças em simulações ou efeitos, agora os artistas podem ver os resultados em tempo real, permitindo fazer ajustes mais rapidamente, economizar custos e manter o processo criativo fluindo.
O enorme palco pode ser fechado com dois grandes painéis móveis ou estendido para fora em forma de buraco de fechadura de cerca de 60 pés para permitir cenas extremamente longas (em comprimento).
As instalações do Stage 15 também incluem um laboratório “Sandbox”, um prédio de dois andares dentro do palco que pode servir como um espaço virtual de busca de cenários, espaço de observação técnica e um palco de tela verde onde fotos em close-up podem ser colocadas em paredes de LED maiores. Outras instalações do Stage 15 incluem um segundo estúdio de LED menor, uma parede de LED móvel, rastreamento de câmera, uma oficina de engenharia e muito mais.
“A AWS está trabalhando com nossos clientes e parceiros para mostrar o que é possível usando uma série de novas tecnologias de produção de filmes, desde produção virtual e renderização em nuvem até IA generativa”, conta Katrina King, líder de estratégia global da AWS para produção de conteúdo. “As equipes de produção costumavam ser limitadas por coisas como clima, viagens e tempo. Com produção virtual e instalações como o Stage 15, qualquer hora é uma hora mágica.”
Os cineastas da Amazon podem acessar o ASVP como um recurso de consulta para todas as fases da produção, desde o planejamento conceitual até a pós-produção. A divisão tem uma equipe executiva, de engenharia e de criação em tempo integral de 20 pessoas.
“No passado, somente grandes empresas podiam pagar o poder de computação ou 'fazendas de servidores' para alcançar suas visões”, afirma Libby. “Com a AWS, empresas de produção de todos os tamanhos têm acesso à potência computacional e aos serviços sob demanda e pagam apenas pelo que usam.”
Além disso, Libby observou que, “basicamente, a AWS está ajudando clientes de mídia e entretenimento de todos os tamanhos a se moverem rapidamente e atenderem às suas necessidades de produção. Nosso objetivo é permitir que estúdios, emissoras, estúdios de efeitos visuais e produtoras economizem tempo e dinheiro e tragam vozes exclusivas de todo o mundo para telas perto de você.”
