Pela primeira vez na história do AWS re:Invent, uma empresa brasileira apresentou seu caso no palco principal do maior evento de cloud da AWS. A diretora de engenharia do Nubank, Cat Swetel, foi convidada por Dr. Werner Vogels, vice-presidente e diretor de tecnologia da Amazon, para mostrar como o redesenho de arquitetura pode levar à redução de custos.
Criado em 2013 e pensado para ser digital desde o 1º dia, o Nubank já nasceu com sua infraestrutura em nuvem e conta hoje com cerca de 90 milhões de clientes somados em suas operações no Brasil, México e Colômbia. “Nosso crescimento nos últimos 10 anos só foi possível porque nascemos na AWS, nosso principal parceiro de nuvem”, diz Cat.
Além do uso de cloud, outra forte característica do Nubank é a busca constante por melhoria de custos e desempenho com o objetivo de otimizar o tempo e tornar as operações cada vez mais simples para seus clientes. Isso se tornou especialmente crítico a partir de 2020, com a instituição do Pix, cujas transações ultrapassaram as realizadas por cartões de crédito e débito, somadas. Tudo isso em apenas um ano.
“Para suportar este volume, precisávamos balancear o custo do ambiente e sua estabilidade”, explica. Naquele momento, mais estabilidade significaria, na arquitetura, adquirir mais infraestrutura, ou seja, gastar mais. A saída foi um esforço conjunto entre os times do Nubank e da AWS de análise da arquitetura usada pelo banco.
O esforço foi traduzido em uma redução de latência em 92%, o que levou a uma economia de US$ 8 bilhões em fees, apenas em 2022. “Cada dólar investido na nova estratégia evitou os gasto de US$ 3,5 mil em outros sistemas”, explica a executiva, que hoje conta com um AWS Champion em cada unidade de negócios do Nubank, garantindo o acompanhamento constante do ambiente e a busca por melhorias.