Se os anúncios feitos durante o AWS re:Invent fossem transformados (nesse caso, por uma inteligência humana mesmo) em uma equação, ele seria mais ou menos assim:
opções de escolha + eficiência - custos = democratização da IA generativa
Todas as novas ferramentas e funcionalidades acrescentadas aos building blocks tem como benefício essas variáveis. Facilitam a criação de soluções, automatizam fluxos de trabalho, diminuem o tempo de desenvolvimento, reduzem custos. Isso sem deixar de lado a segurança e o uso responsável da tecnologia.
Não foi diferente com os anúncios feitos pelo Dr. Swami Sivasubramanian, vice-presidente de Inteligência Artificial e Dados da AWS, na manhã de quarta-feira. Ele fez vários anúncios, principalmente relacionados ao Amazon Bedrock, serviço gerenciado utilizado para criar aplicações de IA generativa:
- A mais ampla seleção de modelos das principais empresas de inteligência artificial, incluindo Luma AI, poolside, and Stability AI;
- Acesso a mais de 100 modelos populares, emergentes e especializados com o novo Amazon Bedrock Marketplace;
- Novos recursos do Amazon Bedrock para ajudar os clientes a gerenciar solicitações (prompts) em escala com mais eficiência;
- Dois novos recursos para o Amazon Bedrock Knowledge Bases;
- Nova automação de dados do Amazon Bedrock.
Benefícios para os Clientes:
- Flexibilidade: A maior variedade de modelos e opções permite soluções adaptadas a casos de uso específicos.
- Escalabilidade: Inovações no gerenciamento de prompts e na otimização de inferência ajudam os clientes a escalarem suas aplicações de IA generativa de forma mais eficiente.
- Aproveitamento de dados: Novas ferramentas ajudam as organizações a extrair mais valor de seus dados, reduzindo o tempo para implantar aplicações prontas para produção.
100 milhões em cloud credits para educação
A AWS vai destinar até US$100 milhões em créditos de nuvem para ajudar organizações do setor de educação em todo o mundo a desenvolver ou expandir soluções de aprendizado digital voltadas para alunos de comunidades carentes e ou grupos minorizados.
Nos próximos cinco anos, a AWS Education Equity Initiative apoiará instituições elegíveis em todo o mundo, incluindo ONGs, empresas de finalidade social e governos. Os beneficiados pelo programa poderão utilizar créditos AWS em serviços de nuvem e IA para criar soluções educacionais.
Por que isso é importante: a iniciativa visa possibilitar que organizações do setor de educação, por meio dos serviços da AWS, promovam acesso igualitário a oportunidades transformadoras para alunos de todas as origens.
Inscrições: os interessados já podem se inscrever.
Itaú Unibanco vai migrar o coração do banco para a nuvem
O Itaú Unibanco, o maior banco da América Latina, com 7 milhões de clientes, vai migrar 100% dos seus sistemas para a nuvem, incluindo os que hoje rodam em mainframe. Um anúncio dessa magnitude foi feito durante o keynote da tarde de quarta-feira do AWS re:Invent 2024. Atualmente 65% dos aplicativos do banco já rodam na infraestrutura da AWS. “São todas customer-face”, afirmou Ricardo Guerra, CIO do banco, referindo-se àquelas usadas diretamente pelos clientes. Os 35% restantes são rotinas contábeis. “A lógica do banco está baseada nelas”, explicou o executivo.
Desafio: esse é um dos projetos mais complexos a ser realizado desde que a instituição começou a migração para a AWS, em 2017. A troca do mainframe pela nuvem deve ser concluída em 2028 e Guerra prevê ainda mais dois anos até que os sistemas estejam estabilizados na nuvem.
Inteligência artificial: um trabalho hercúleo como esse está sendo simplificado com o uso da nova funcionalidade do Amazon Q Developer - com novas funcionalidades anunciadas ontem -, que usa inteligência artificial generativa para a modernização de aplicações de mainframe. O Itaú foi uma das primeiras empresas a usar o produto, ainda na fase de testes, e o feedback do banco contribuiu para a melhoria dele.