A grande novidade de ontem no AWS re:Invent 2024 foi o anúncio feito pelo CEO da Amazon, Andy Jassy, de uma nova geração de modelos fundacionais (FMs) que oferecem inteligência artificial avançada para realizar uma série de tarefas. Tudo isso com maior desempenho e menor custo do que seus concorrentes diretos.

Se os anúncios feitos durante o AWS re:Invent fossem transformados (nesse caso, por uma inteligência humana mesmo) em uma equação, ele seria mais ou menos assim:

opções de escolha + eficiência - custos = democratização da IA generativa

Todas as novas ferramentas e funcionalidades acrescentadas aos building blocks tem como benefício essas variáveis. Facilitam a criação de soluções, automatizam fluxos de trabalho, diminuem o tempo de desenvolvimento, reduzem custos. Isso sem deixar de lado a segurança e o uso responsável da tecnologia.

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Dr. Swami Sivasubramanian, vice-presidente de Inteligência Artificial e Dados da AWS
Foto de Noah Berger/Noah Berger

Não foi diferente com os anúncios feitos pelo Dr. Swami Sivasubramanian, vice-presidente de Inteligência Artificial e Dados da AWS, na manhã de quarta-feira. Ele fez vários anúncios, principalmente relacionados ao Amazon Bedrock, serviço gerenciado utilizado para criar aplicações de IA generativa:

  • A mais ampla seleção de modelos das principais empresas de inteligência artificial, incluindo Luma AI, poolside, and Stability AI;
  • Acesso a mais de 100 modelos populares, emergentes e especializados com o novo Amazon Bedrock Marketplace;
  • Novos recursos do Amazon Bedrock para ajudar os clientes a gerenciar solicitações (prompts) em escala com mais eficiência;
  • Dois novos recursos para o Amazon Bedrock Knowledge Bases;
  • Nova automação de dados do Amazon Bedrock.
O potencial e as oportunidades de inovação com essa tecnologia na região podem elevar esse número para US$ 700 bilhões nos próximos 5 anos.

Benefícios para os Clientes:

  • Flexibilidade: A maior variedade de modelos e opções permite soluções adaptadas a casos de uso específicos.
  • Escalabilidade: Inovações no gerenciamento de prompts e na otimização de inferência ajudam os clientes a escalarem suas aplicações de IA generativa de forma mais eficiente.
  • Aproveitamento de dados: Novas ferramentas ajudam as organizações a extrair mais valor de seus dados, reduzindo o tempo para implantar aplicações prontas para produção.

100 milhões em cloud credits para educação

A AWS vai destinar até US$100 milhões em créditos de nuvem para ajudar organizações do setor de educação em todo o mundo a desenvolver ou expandir soluções de aprendizado digital voltadas para alunos de comunidades carentes e ou grupos minorizados.

Nos próximos cinco anos, a AWS Education Equity Initiative apoiará instituições elegíveis em todo o mundo, incluindo ONGs, empresas de finalidade social e governos. Os beneficiados pelo programa poderão utilizar créditos AWS em serviços de nuvem e IA para criar soluções educacionais.

Por que isso é importante: a iniciativa visa possibilitar que organizações do setor de educação, por meio dos serviços da AWS, promovam acesso igualitário a oportunidades transformadoras para alunos de todas as origens.

Inscrições: os interessados já podem se inscrever.

Itaú Unibanco vai migrar o coração do banco para a nuvem

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Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco, o maior banco da América Latina, com 7 milhões de clientes, vai migrar 100% dos seus sistemas para a nuvem, incluindo os que hoje rodam em mainframe. Um anúncio dessa magnitude foi feito durante o keynote da tarde de quarta-feira do AWS re:Invent 2024. Atualmente 65% dos aplicativos do banco já rodam na infraestrutura da AWS. “São todas customer-face”, afirmou Ricardo Guerra, CIO do banco, referindo-se àquelas usadas diretamente pelos clientes. Os 35% restantes são rotinas contábeis. “A lógica do banco está baseada nelas”, explicou o executivo.

De 2 a 6 de dezembro, o AWS re:Invent reúne histórias reais de clientes, lançamentos de novos produtos e palestras de líderes da AWS, que abordarão tópicos de interesse em tecnologia de nuvem, como o futuro da IA e dos datacenters.

Desafio: esse é um dos projetos mais complexos a ser realizado desde que a instituição começou a migração para a AWS, em 2017. A troca do mainframe pela nuvem deve ser concluída em 2028 e Guerra prevê ainda mais dois anos até que os sistemas estejam estabilizados na nuvem.

Inteligência artificial: um trabalho hercúleo como esse está sendo simplificado com o uso da nova funcionalidade do Amazon Q Developer - com novas funcionalidades anunciadas ontem -, que usa inteligência artificial generativa para a modernização de aplicações de mainframe. O Itaú foi uma das primeiras empresas a usar o produto, ainda na fase de testes, e o feedback do banco contribuiu para a melhoria dele.